As 6 perguntas mais frequentes em uma entrevista no cartório

Embora os cartórios tenham um repertório próprio de perguntas, existem questionamentos básicos que se repetem na maioria das entrevistas de emprego. Sendo assim, elaboramos dicas práticas para evitar aquelas respostas identificadas como clichês. No entanto, antes de conhecê-las, entenda os dois principais tipos de entrevista mais utilizados pelos titulares de cartório.

 

  • Entrevista inicial: geralmente conduzida por um representante do tabelião ou registrador, que permite conhecer o candidato do currículo selecionado, analisar seu perfil e descobrir se ele combina com o cartório. Essa entrevista pode ser individual ou em grupo e tem a intenção de traduzir tudo o que você colocou no currículo. Nesta etapa, habilidades como capacidade de colocar as ideias no papel, escrever bem e falar bem a língua portuguesa serão testadas. Além disso as atitudes como pontualidade, gentileza, disponibilidade, resiliência, capacidade de trabalhar em equipe, aperto de mão confiante e apresentação pessoal também estão sendo observadas.

Alguns cartórios aplicam testes de perfil comportamental. Seja simplesmente você, ou a melhor versão de você mesmo.

  • Entrevista técnica e individual: realizada por um gestor ou com o próprio titular do cartório, provavelmente acompanhado pelo líder do setor da vaga em aberto. Essa entrevista tem por objetivo saber se os seus valores e comportamentos estão alinhados com os princípios e funções do cartório e esclarecer dúvidas para a tomada de decisão.

Vale destacar que existem outros tipos de interlocução e nem todos seguem um roteiro ou adotam as mesmas etapas. Porém, a partir dos exemplos acima podemos estabelecer perguntas normalmente são usadas em entrevistas de emprego:

  1. Por que você quer trabalhar no cartório?

Para estar preparado para esta pergunta, procure estudar o que faz um cartório. Entre no site e nas redes sociais. Estude sobre o tabelião ou o registrador, a missão do cartório e os valores. Anote o que te chamou atenção na pesquisa. Aponte os aspectos positivos. Fale sobre sua identificação com os valores praticados no cartório e comente suas expectativas de futuro que tem a ver com a visão da instituição.

  1. Quais são seus pontos fortes?

Não é necessário fazer uma lista das suas qualidades, pois muitas já citadas no currículo. Está no seu currículo quanto tempo você fica em cada emprego e, pode ter certeza, isso diz muito sobre sua capacidade de trabalhar em equipe e a sua resiliência. Está no currículo quantos cursos você fez nos últimos tempos e isso demonstra a sua vontade de aprender. Selecione habilidades condizentes com seu perfil e com a vaga. Tente contextualizar suas competências mais marcantes com situações em que as utilizou na prática. Por exemplo: eu gosto criar vínculo com os lugares que eu trabalho. Procure os seus pontos fortes como vontade de aprender e estudar continuamente. Liste quantos livros você leu nos últimos tempos e vá preparado. Peça para alguém da sua família apontar onde você se diferencia, caso você não consiga identificar suas forças com clareza.

  1. Quais são seus pontos fracos?

Nenhum profissional está pronto ou é infalível. Todos temos pontos a melhorar. Sendo assim, seja sincero sobre suas deficiências profissionais e demonstre interesse em melhorar nos aspectos que você identificar. O que o recrutador quer saber com essa pergunta é se o candidato pratica o autoconhecimento e faz a gestão das suas emoções e se sabe identificar seus défices. O importante é você demonstrar que está disposto a se melhorar sempre e que não é o dono da verdade.

  1. O que você faz quando alguém discorda da sua opinião?

Essa questão permite descobrir se o candidato sabe lidar bem com críticas e pontos de vista diferentes dos seus. É importante demonstrar que você tem inteligência emocional para resolver conflitos de forma pacífica, praticando a empatia e mostrando-se flexível. Para ilustrar, apresente situações profissionais onde você precisou lidar com as diferenças e com o estresse e que você tem procurado escolher o caminho da harmonia ao invés do conflito em todas as suas relações. Os cartórios e as empresas buscam pessoas que saibam lidar com as próprias emoções e respeitem os sentimentos dos demais. Pense em exemplos antes da reunião.

  1. Por que você saiu do seu último emprego? Saber responder a esse questionamento é decisivo, por pior que tenha sido a sua última experiência. Os motivos mais comuns incluem ser mandado embora por justa causa, pedir demissão, infelicidade no trabalho, preservação da sua saúde emocional e mental ou até mesmo porque a área de atuação não condizia com a formação e a experiência que você busca. Tenha em mente que mentir sobre o que o levou à sua saída nunca deve ser uma opção, pois os recrutadores podem questionar o seu último empregador para saber o que motivou a sua saída e até saber pela sua carteira de trabalho, então não minta em hipótese alguma. Com esta pergunta o recrutador só deseja saber se o seu desligamento oferece algum risco para uma contratação futura. Então, o ideal nesse cenário é deixar claro que não existe nenhum risco em relação aos motivos que levaram à demissão do último emprego e que você reconhece a sua parcela de culpa no processo de rescisão contratual. Aproveite a oportunidade para reforçar que a saída aconteceu de forma amistosa e que, embora tenha sido no formato que foi, você busca deixar as portas abertas e se preocupa com a sua história e reputação. Independentemente se o empregador foi o responsável pela demissão do último emprego ou não, jamais fale isso na entrevista de emprego — afinal, esse não é o melhor momento para desabafar. Então, seja sempre respeitoso, cordial e em momento algum fale mal do seu antigo empregador. Você até pode — e deve — relatar as suas experiências no antigo trabalho, mas jamais o difame ou difame o seu líder. Com essa postura, você demonstrará profissionalismo e os recrutadores poderão observar que você conserva esse conceito e buscará manter essa conduta também na nova experiência. Aqui, é importante lembrar que os candidatos que mais chamam a atenção em qualquer processo seletivo são aqueles que apresentam motivação e um comportamento positivo. Profissionais críticos e com perfil negativo não se classificam na maioria das vezes.

Por fim, em relação ao seu último emprego, faça a sua auto avaliação sincera, para você mesmo, não diante de um recrutador. Isso é importante pois, quando você reconhece a sua parcela de responsabilidade no motivo pelo qual se desligou do último emprego, tem a base necessária para trilhar novos caminhos que te permitam crescer na sua carreira, evitando tropeçar nas mesmas pedras.

  1. Você tem alguma pergunta ou dúvida?

Nesse ponto percebemos que a entrevista se aproxima do fim. Portanto, é o momento para mostrar realmente que pesquisou a fundo sobre o cartório e sobre o cargo. Mostre interesse e curiosidade pela organização. Pergunte sobre a cultura do cartório, a rotina de trabalho ou até mesmo sobre remuneração e benefícios (caso você esteja sozinho na entrevista) – afinal, são fatores que confirmam o seu interesse pela oportunidade de emprego. Porém, não questione apenas o dinheiro, pois o salário não deve ser seu único objetivo. Pergunte quais são as contrapartidas da vaga. O que o cartório oferece e as possibilidades de crescimento. Outra boa dica é perguntar se os funcionários gostam de trabalhar lá. Se as pessoas são felizes e costumam trabalhar por bastante tempo naquele Cartório. O que o cartório espera do profissional nessa posição? Quais serão seus principais desafios? Como é a estrutura da equipe? A organização tem um plano de desenvolvimento de carreiras?

Aposte ainda num e-mail de agradecimento pela oportunidade após a entrevista, reforçando o interesse na vaga se isso for verdade e elogiando os aspectos que te chamaram atenção. São detalhes como este que podem fazer a diferença na decisão do recrutador e do titular do cartório. Mas não esqueça de escrever bem! A língua portuguesa é um fator crítico de sucesso para a sua carreira no cartório.

Dica bônus: A entrevista de emprego é uma etapa importante no processo de recrutamento e seleção. No entanto, para garantir êxito desde o início, você pode contar com a CartórioFlix para apresentar vários certificados de formação na especialidade do cartório e que você almeja a vaga. Como já falamos, é muito comum que os recrutadores peçam para você escrever uma redação. Eles querem avaliar a sua escrita e capacidade de organizar as ideias, colocando-as no papel de forma simples e assertiva. Então, se eu fosse começar por algum curso na CartórioFlix, seria o de Língua Portuguesa para cartórios e o de LGPD, ambos indispensáveis para demonstrar um diferencial competitivo entre os concorrentes. Depois de contratado, você segue estudando e mostrando seus certificados para o seu líder, pois a CartórioFlix te dá acesso ilimitado durante um ano inteiro a todos os cursos, sempre atualizando com novidades.

Esperamos que esse material contemple todas as suas dúvidas sobre entrevista de emprego.

Como dica final, seja você mesmo! Tenho certeza de que, se você leu esse blog até o fim é porque você merece trabalhar e crescer no cartório! Boa sorte!

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