O lado positivo das coisas

Ao longo da minha jornada profissional, vivi grandes parcerias. Por mim, passaram grandes profissionais, boas pessoas e pessoas competentes. Gente que contribuiu muito para a história do Tabelionato e, por um motivo ou outro, foi embora. Infelizmente, o contrário também aconteceu e, talvez, na mesma proporção. Pessoas que não estão abertas as mudanças, que são apegadas aos seus processos e não estão preparadas emocionalmente para absorver e aprender com as mudanças e os ciclos que passam todas as equipes. Isso é trabalhar com gente. Isto é viver em sociedade. Uma grande diversidade de pessoas tentando se desenvolver e passar pelas suas fases.

Entre os meus funcionários, no modelo de atendimento a que nos propomos, vivemos vários ciclos e, muitas vezes, todas as estações do ano no mesmo dia: primavera, verão, outono e inverno. O importante é identificarmos e aceitarmos estas fases e ciclos, para que passemos por elas sempre mais fortes e cada vez mais rápido, sem cicatrizes, egos ou apegos.

Neste mundo tão corrido, andamos carentes de gente que queira ver o lado positivo das coisas e tenha resiliência para dar a volta nas crises sem regredir. Gente que olhe esse jogo da vida de forma positiva, gente que olhe nos olhos e que agradeça cada desafio, entendendo que ele servirá para o seu crescimento.

Me chamou a atenção, nos últimos dias, ao validar um processo de seleção de um novo funcionário, que uma pessoa usou a palavra gratidão, referindo-se ao seu emprego anterior.

Naquela entrevista, no relato dos empregos anteriores, a candidata citava coisas as boas e ruins, sempre com um tom de gratidão e entendimento de que aquilo tudo foi necessário para que ela desse mais importância ao momento atual, o agora. O chefe ruim do emprego anterior, foi muito importante para que hoje ela tenha certeza da líder que ela quer ser um dia e, portanto, por todas as suas faltas, ela é grata.

O cliente exigente que queria sempre um desempenho melhor e não dava nem bom dia, era um belo desafio diário em que ela se comprometia: o desafio era arrancar um sorriso dele. O professor da faculdade, que não deixava entregar o trabalho atrasado ou rasgou um texto não justificado não foi um algoz, mas sim, um instrumento da sua impecável pontualidade e capricho. A falta de certeza do pagamento do salário fez com que ela aprendesse a fazer um planejamento financeiro para a sua vida. A demissão do primeiro emprego serviu para que ela estivesse no lugar certo, o contato certo, que a indicou para aquela reunião.

Aquela pessoa, de não mais que 20 anos, tem uma inteligência única e uma força interior que todos devemos ter, mas que, infelizmente, só a idade nos traz: sabedoria e fé. Eu quero esta pessoa na minha equipe e sei que esse comportamento fará ela crescer mais do que o meu negócio.

Saber ver oportunidade nas adversidades, ter motivos ou criar motivos onde não há, para levantar da cama a cada dia, pensar positivo, pensar diferente e fazer o seu melhor é o segredo das pessoas que se destacam. Cada uma dessas pessoas, com estes diferenciais, faz a sua sorte.

Contudo, caros leitores, proponho uma auto avaliação, com os seguintes questionamentos: Que comportamento e habilidades você tem que ajudará você a alcançar seus objetivos ou resolver problemas atuais? Que comportamentos você tem que te impedem de conquistar os seus objetivos? Existe alguma coisa positiva nas adversidades que você tem vivido? Quando você olha para trás, alguma coisa que parecia ruim, passou a fazer todo o sentido nos dias de hoje? Da mesma forma, o que você está vivendo hoje, pode servir de aprendizado para alguma coisa que você quer conquistar?  Existe alguma coisa que você poderia fazer diferente, que não te colocaria na situação atual? Se não for agora, quando você pretende implantar ações que mudem, de fato, a sua sorte?

 

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